HOJE: NOSSO MELHOR PRESENTE

Maria Clara Silva de R. Valle(*)

Nossa cidade completou cento e onze anos com todas as honras que tem direito. Out-door, matérias televisivas, homenagens, desfiles, inaugurações, presentes para todos os cidadãos que labutam nela e por ela. Aniversário tem que ter presentes – não é só criança que pensa assim. Nossa Morena merece tudo isso e muito mais. Seu solo – também mãe gentil – acolhe com carinho todo aquele que – de boa vontade – aspira por um mundo melhor sejam eles nativos ou adotivos (como eu).

Suas ruas largas e bem planejadas, seus parques arborizados e seu pôr do sol maravilhoso constituem em um belíssimo cartão postal que divulga para o mundo seu estilo moderno e arrojado. Pode parecer piegas, mas é assim que vejo a minha Campo Grande.

Muitos podem me criticar alegando que a própria modernidade traz consigo problemas sociais de toda ordem e que nossa capital não é só um cartão postal bonito, ao contrário, esconde diferenças sociais terríveis. Concordo! Sei bem que o avanço do sistema capitalista, principalmente em sua fase globalizante, provocou um processo de exclusão social profundo trazendo conseqüências preocupantes para os territórios. O êxodo rural decorrente das novas relações capitalistas no campo, iniciado na década de 70 do século XX é perfeitamente sentido no inchaço das grandes metrópoles, no favelamento ocorrido em quase todas as cidades de médio porte. Se o capital não tem pátria, como advoga os neoliberalistas, a miséria também não.

Diante dessa realidade cruel sempre há aqueles que desatentos às oportunidades vivem agarrados à um passado de lembranças e é muito comum ouvirmos frases do tipo: “No meu tempo que era bom...”, “Naquele tempo não tinha disso...”. O saudosismo imobiliza. Problemas sempre existiram e continuarão a existir convocando-nos à reflexão e a ação. Nessa situação recomendamos uma essência foral de Dr. Bach chamada HONEYSUCKLE: “para os que vivem muito no passado, lembrando-se talvez de uma época de grande felicidade, ou de um amigo morto, ou pensando nos sonhos que não se tornaram realidade. Não acreditam que possam ter felicidade como a que um dia tiveram.”(1)

Mas se existem os saudosistas, existem os futuristas (não sei se é esse o termo) – os que vivem no amanhã, utilizando-se muito da conjunção condicional “se”. Agora, mais do que nunca, podemos encontrá-los nos mais diversos espaços midiáticos. O que mais encontramos neste período eleitoral são eles que estão a todo o momento a nos dizer: “Se eu for eleito vou trabalhar pela educação, pela saúde, pelo transporte, pela segurança...”. E por aí vai. Nunca fizeram nada, mas “se forem eleitos...” Ficar esperando o futuro é postergar a ação e impossibilitar, pelo menos neste instante, a transformação desejada. Neste caso, uma outra essência de Dr. Bach seria interessante”- CLEMATIS “para os que vivem mais no futuro do que no presente, alimentando esperanças de que cheguem melhores dias, quando seus ideais tornar-se-ão realidade.”(1)

Hoje é o nosso melhor presente – oportunidade bendita de trabalhar em favor do nosso próximo (e por que não dizer de nós mesmos) objetivando a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

Recomenda a boa etiqueta que ao receber um presente devemos sempre agradecer. Por isso hoje agradeço a Campo Grande a chance de crescimento profissional, moral e espiritual que ela dá, não só para mim, mas para todos, pois sei que quando na sala de aula repasso não só os conhecimentos técnicos para meus alunos, quando no trabalho comunitário abraço Dona Cida lá do Bairro Nova Lima, quando evangelizo as crianças da Sociedade Educacional Constantino Lopes Rodrigues, quando levo conforte espiritual para as mães que freqüentam o Centro Espírita Ismael, estou, hoje, colaborando para uma cidade melhor. Obrigada Campo Grande pelo hoje - pelo presente que você nos dá!.


(1) BACH, Edward. Os remédios Florais de Dr. Bach. Editora Pensamento: SP, pág.79
(*) Maria Clara é Sócio-terapêuta Ramain-Thiers , Mestre em Educação, Terapeuta Floral.

A empresária Maria Clara - Calla Atelie de Vida - participou do curso de " (RE)estruturação do

departamento de captação de Recursos e seus captadores, promovido pela Associação Brasileira dos captadores de recursos, no último dia 10, no Instituto de pesquisas Econômicas de SP (FIPE).


Mais informações no site: www.captadores.org.